Foi ótima a experiência de passar o dia no Inhotim. A grande extensão do lugar e a presença de jardins trazem a sensação de leveza e tranquilidade durante a nossa caminhada.
É interessante deixar-se perder pelos diversos caminhos possíveis e ir apreciando toda a beleza, todos os detalhes ao longo do trajeto.
Além da parte paisagística (que teve colaborações de Burle Marx), as obras de arte expostas tanto ao ar livre, quanto em galerias também são muito ricas. Há obras que provocam fortes impactos, outras que causam incômodo, que nos convidam a olhar bem atentamente e nos levam a algum tipo de reflexão, que nos divertem e outras ainda que mexem de maneira forte com os nossos sentidos.
O meu grupo focou a atenção no pavilhão das " Cosmococas" de Hélio Oiticica, em parceria com o cineasta Neville d’Almeida. Estão expostas 5 obras - Trashiscapes, Onobject, Maileryn, Nocagions e Hendrix-War - compostas por apresentação de slides, trilhas sonoras e elementos táteis, que aguçam nossos sentidos assim que entramos na galeria.
Croqui - Cosmococas. |
Um traço forte de Oiticica é fazer com que o observador da obra seja um participador; as salas são interativas e os visitantes são convidados a fazer uso das obras de arte ( há uma piscina e os visitantes são chamados a nadar, há também uma sala com almofadas e colchões, onde se pode brincar livremente com os objetos, além de redes dispostas para o uso de quem for à sala.)
Esse conjunto de obras, em particular, tem o objetivo de passar um pouco da sensação de uma pessoa sob o efeito da cocaína. As músicas com volume alto, que revelam gritos em certos momentos, o jogo de luzes nos aposentos e os elementos que compõem as obras geram uma certa inquietação e também uma sensação de liberdade.
Cosmococas |
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